PTERIDACEAE

Eriosorus cheilanthoides (Sw.) A.F.Tryon

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Eriosorus cheilanthoides (PTERIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

423,389 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais e Rio de Janeiro (Prado, 2012).Os registros botânicos indicaram que a espécie ocorre em altitude entre 1320 m (Prado, J. et al., 1433, MOBOT 3628502) e 2300 m (Rolla, M.; Tryon, A. F., 6724a, MOBOT 3322113). No Equador a espécie foi encontrada em altitude de 3050 m (Izco et al., 2007).Nas montanhas do Brasil, Perú e Bolívia a espécie ocorre em altitudes entre 2200 m e 3600 m (Condack, 2006).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Eriosorus cheilanthoides</i> apresenta distribuição disjunta entre os Andes e as serras do Leste brasileiro, sendo que, no Brasil, está sujeita a duas situações de ameaça com uma AOO menor que 12 km². As principais ameaças para o hábitat onde ocorre são a mineração, os incêndios, a especulação imobiliária e o turismo desordenado.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Campo rupestre, campo de altitude e Cerrado lato sensu (Prado, 2012)Formação campestre (Salino et al., 2009)
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: A espécie é uma erva, terrícola, ocorre em formações de altitude como os campos rupestres e de altitude (Prado, 2012)No Rio de Janeiro a espécie foi encontrada em vegetação herbáceo-gramíneo com presença de rocha granítica (CNCFlora, 2012).Em estudo conduzido no Parque Nacional do Itatiaia - RJ a espécie apresentou hábito terrícola ou rupícola e ocorreu em local sombreado (Condack, 2006). Neste mesmo estudo o autor afirma que a espécie apresenta habitat restrito, sendo encontrada somente associada a blocos de rocha comumente encontrados no Planalto do Itatiaia. A espécie apresentou pouca ou nenhuma produção de novas folhas nos períodos de menor pluviosidade (Condack, 2006). Na região andina é comum a ocorrência de híbridos entre E. Cheilanthoides e espécies do gênero Jamesonia (Tryon, 1972). No Planalto do Itatiaia foi encontrado um híbrido de E. cheilanthoides e Jamesonia brasiliensis (Condack, 2006).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.3 Tourism/recreation very low
Por sua expressiva beleza cênica e atrativos naturais, a Cadeia do Espinhaço vem se constituindo num alvo de mudanças sócio-espaciais ocasionadas pelo afluxo cada vez maior de visitantes e turistas, além da crescente ocupação caracterizada pelas segundas residências de lazer. O fluxo turístico e ocupação exógena adquiriu expressão a partir do final dos anos sessenta e vem aumentando significativamente nos dias atuais (Oliveira, 2002; Madeira; Ribeiro, 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
7.4 Wildfire very low
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
"Deficiente de dados" (DD), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil, anexo 2 (MMA, 2008)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional da Serra do Cipó, MG e Parque Nacional do Itatiaia, RJ (CNCFlora, 2011)